"Em um país em que a sociedade clama por uma segurança pública mais eficaz e mais presente, nota-se que o organismo estatal ainda não conseguiu debelar sozinho a crescente onda de violência que assola todos os lugares."
"A polícia como figura principal encarregada de manter a ordem publica para a conseqüente prestação da paz social precisa da conscientização e cooperação de toda a sociedade para alcançar os seus objetivos, entretanto, é fato presente que o povo, na sua maioria, ainda tem a polícia como se fosse então esta instituição a única responsável pelo assolamento da violência no país, a principal responsável pelo recrudescimento da criminalidade, como se fosse então os policiais seres Onipotentes e Onipresentes para estarem em todos os lugares a todo o momento a fim de evitar ou descobrir crimes como num passe de mágica. Por outro lado há também aqueles que se omitem, ignoram a presença da bandidagem nas comunidades, co-existem “pacificamente”. O discurso sobre as condições sociais que levaram uma criança, adolescente ou jovem a entrar no coletivo do crime normalmente é o argumento dos que, ostensiva ou pontualmente, defendem a co-existência entre cidadãos e marginais. Contudo, nunca houve no país tanta política social, de assistência primária e de assistência integral. Ao mesmo tempo a violência e o aumento da criminalidade que atinge o povo atinge também a Polícia, o Governo. Atinge a toda a sociedade. Todos nós estamos na mesma aflição. Mesmo com tantos programas de sociais e de transferência de renda não conseguimos atingir o objetivo comum: a paz! Nestes termos é que percebemos que essa paz social tão buscada, é fruto das ações de todos o membros de uma sociedade. Os conselhos de segurança dos Estados, das cidades, dos bairros, dos povoados e as organizações não governamentais devem fortalecer cada vez com a conscientização e a união ampla e irrestrita para ajudar a Polícia na sua árdua missão de combater o crime e resgatar a ordem ferida.
A sociedade brasileira precisa confiar mais na sua Polícia, no seu Ministério Público, na sua Justiça. Precisamos resgatar a confiança do povo nas suas instituições de combate ao crime, perdida através dos tempos. Na mesma velocidade em que a criminalidade e a violência avançam no nosso país por motivos diversos, o crime organizado ganha forças principalmente com o tráfico de drogas que termina sendo a raiz de todos os outros crimes subseqüentes, tais como: seqüestros, homicídios, latrocínios, roubos, torturas, corrupções, extorsões, lesões corporais… Não há motivos suficientemente sólidos para “proteger” os marginais. Precisamos denunciar os bandidos, precisamos apostar na policia e em canais eficientes de comunicação. Segurança pública é um direito da sociedade e um dever de todos. Não existe bandido com consciência social, quem se omite em denunciar, também colabora com a morte."
Advogado, Administrador e Coordenador Especial de Juventude do Governo do Estado do Ceará
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