terça-feira, 28 de junho de 2011

Ser Médico

Primos: Felipe, Isabel e Márcio
Mais um semestre encerrando, mais médicos se formando, mais profissionais ingressando no mercado de trabalho. 

Ser médico não é fácil. É pra quem não tem coração? É pra quem é frio? Não vejo dessa forma. Ser médico é abrir mão de noites em família, de lazer com os amigos, de dedicação a sua vida pessoal. Ser médico é amar ao próximo acima de todas as coisas. É usar o ofício para transmitir bons sentimentos a quem já nem lembra mais o que é isso. Ser médico é, muitas vezes, conviver com a dor e o sofrimento.

Desejo a esse profissional toda a sorte e lucidez na atuação de sua profissão. Ética acima de tudo. Parabéns às pessoas que optaram por seguir esse caminho!

Parabéns Dra. Isabel Barros. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Café com Saúde discute Políticas Públicas para tratamento do usuário de drogas

O vereador Salmito Filho (PT) reuniu profissionais da área da saúde para debater sobre as políticas públicas voltada para o tratamento do usuário de drogas.

Na manhã do último sábado (18), o vereador Salmito Filho (PT) realizou encontro com profissionais da área da saúde para discutir as políticas públicas para tratamento dos dependentes químicos no município de Fortaleza.

O palestrante Dr. Osmar Diógenes, psicólogo especialista em dependência química e diretor do Instituto Volta Vida, falou do tratamento de dependentes químicos destacando a importância do apoio familiar para a recuperação do usuário de droga.

Osmar destacou ainda a importância de realização de atividades como o Café com Saúde para discutir a prevenção do uso de drogas – “interagir com os profissionais da saúde para discutir o tema das drogas é essencial”, disse Osmar.

Segundo Osmar, a falta de fiscalização nas fronteiras do País é o principal exemplo da falta de iniciativa do Poder Público em investir em Políticas Públicas de combate às drogas. Além da falta de leitos nos hospitais públicos destinados ao tratamento e recuperação do usuário de droga, a falta de profissionais capacitados nas clínicas de apoio e tratamento de dependentes químicos demonstram a precariedade da estrutura no Município. “Não adianta abrir um CAPS AD com profissionais sem experiência na área. Não tem como resistir à abstinência se não houver um acompanhamento de uma equipe especializada” criticou Osmar.

O Presidente do Sindicato dos Médicos e ex-vereador José Maria Pontes lembrou que a dependência química é uma doença e assim deve ser tratada. José Maria destacou o uso do crack e os seus efeitos avassaladores: “a compulsão pelo crack é tão forte que o usuário não consegue esperar para usar a droga”, disse. Traçando um paralelo entre o crack e o álcool, José Maria enfatizou que as estatísticas comprovam que o álcool, de forma direta ou indireta, mata mais que qualquer outra droga, “por incrível que pareça, o álcool mata mais que o crack. Mortes de trânsito, brigas em locais públicos, estão quase sempre relacionado ao consumo de álcool”, encerrou o ex-vereador.

Os participantes questionaram a falta de fiscalização do município por meio de blitzes educativas e repressivas, através da AMC; e sugeriram a limitação de horário de comercialização de bebidas alcoólicas.

O vereador Salmito Filho encerrou a atividade observando a necessidade do Poder Público atuar mais nessa área. Destacou ainda a necessidade de se criar um fórum permanente sobre políticas públicas sobre drogas. Salmito finalizou lembrando que no ano passado a Câmara Municipal de Fortaleza apresentou emenda ao orçamento de 2011 no valor de R$ 2 milhões para casas de apoio aos dependentes químicos.

domingo, 19 de junho de 2011

Câmara Municipal de Fortaleza: Troca de projeto motiva um alerta


O fortalezense deve acompanhar a votação, na Câmara, da matéria que tudo tem a ver com o crescimento desta cidade

A denúncia de fraude na tramitação de um projeto, tratando sobre regulamentação de dispositivos do Plano Diretor de Fortaleza, na Câmara Municipal de Fortaleza, na última semana, infelizmente, deixa o Legislativo da Capital, deveras pequeno, reclamando uma reação de todos quantos têm responsabilidade política e social com o desenvolvimento desta cidade.Como se não bastassem os acontecimentos, considerados deprimentes, aqui registrados na edição do último domingo, encerrados na aprovação do substitutivo de um grupo de vereadores, agredindo todos os dispositivos legais referentes à produção legislativa, posto que alterou uma mensagem da prefeita Luizianne Lins (PT) de concessão de aumento dos professores, competência privativa dela, surge a insinuação da fraude, em outro processo legislativo.

Em 2009, a Câmara Municipal recebeu um projeto encaminhado pela prefeita, com o objetivo de regulamentar dispositivos do Plano Diretor de Fortaleza e o vereador Salmito Filho (PT), na época, presidente daquela Casa, não o fez tramitar, alegando, na oportunidade, ser uma proposta incompatível com os primados da repartição dos poderes, por conferir plena liberdade ao Executivo, sem ser uma Lei-Delegada, para à conveniência do prefeito do momento, e em qualquer tempo, promover determinadas alterações no Plano sem o concurso do legislativo.

Idêntico

Em 2011, quando substituía a prefeita Luizianne, durante um período de férias, o atual presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), encaminhou ao Legislativo um projeto idêntico ao de 2009. Descoberto, o engano ou a insistência de o Executivo querer ficar livre para fazer flexibilizações convenientes na lei maior que cuida de todas as áreas da cidade, houve o recuo com a retirada daquela segunda proposição.

A terceira mensagem, também deste ano, estava diferente. Mas, sem uma explicação plausível, após iniciado o seu trâmite normal, na Comissão Especial, criada para examiná-la, reapareceu, como que em um passo de mágica, a primeira mensagem. Aquela de 2009, pior, já com a sua admissibilidade aprovada pela comissão de Legislação, incompetente para fazê-lo, visto existir um colegiado próprio para tal fim.

O vereador Salmito Filho, escolhido relator da Comissão Especial, não aceitou a manobra. Com o seu protesto e a explicitação do caso, surgiu a balbúrdia que culminou com a troca de agressões verbais entre vereadores. Salmito tem as cópias das três mensagens e meticulosamente comparou-as. O vereador evita comentar o imbróglio, mas, denunciando o fato como o fez, na última quarta-feira, cumprindo o seu dever, expôs um procedimento inadequado, cujas consequências são desastrosas para a imagem já sofrível daquele Legislativo.

Vigilância

A regulamentação do Plano Diretor é tão importante quanto sua feitura. Qualquer lei pode desvirtuá-lo, gerando prejuízos incomensuráveis à cidade vitimada pela falta de planejamento urbano e da desatenção dos seus últimos governantes com as questões de mobilidade e sobretudo de desrespeito aos espaços públicos.

Os episódios relatados ao longo da última semana se conferem mais uma nota negativa ao espaço que deveria ser considerado nobre, no concernente às instituições públicas, deve servir de alerta para todos os segmentos sociais da cidade. E, por isso, necessário se faz uma vigilância maior de todos os fortalezenses quanto à tramitação da matéria na Câmara.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reforma Tributária: Cid tenta fechar proposta

Governador participou de reunião com os colegas do Norte e Nordeste para discutir a reforma tributária


Na inauguração da nova sede da representação do Estado do Ceará em Brasília, o governador Cid Gomes (PSB) recebeu para um jantar, na noite de ontem, governadores e vice-governadores. A ministra das relações Institucionais, Ideli Salvatti, também participou do encontro com os demais oito gestores de estados do Nordeste, quatro governadores e dois vices do Norte (apenas o Acre não estava representado) e o governador do Mato Grosso, do Centro-Oeste.

No cardápio do encontro, a unificação de uma proposta de reforma tributária que atenda aos interesses dos estados das duas regiões, que são, seguramente, segundo Cid Gomes explicou, as menos desenvolvidas do País. Na agenda de hoje, o grupo tem reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT) e com senadores.

Antes do encontro o governador cearense, acompanhado da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir mais tempo para que os entes federados possam se adaptar ao fim do incentivo fiscal, conforme determinou o próprio STF em fevereiro, ao declarar a inconstitucionalidade da legislação sobre o Fundo de Participação dos Estados (FPE) mais precisamente dispositivos da Lei Complementar 62/89, de forma que não haja redução nas receitas hoje existentes, preservando-se a reserva de 85% historicamente destinada aos Estados menos desenvolvidos.

"Basicamente, nós estamos apelando ao Supremo de que estas decisões recentes, sobre políticas de incentivos fiscais, que existem nos Estados todos, leis de São Paulo, do Paraná, do Rio de Janeiro, Distrito Federal, enfim, em todos os Estados. Coincidentemente nenhuma do Nordeste, elas vão ter uma repercussão imediata social, econômica muito grave", disse Cid.

O governador afirma que a preocupação deveria ser não só dos Estados do Norte e Nordeste, mas que todos os Estados deveriam se mobilizar para se preparar para os "efeitos dramáticos" desta decisão do Supremo. "É preciso que se dê mais tempo para que o Congresso Nacional e o Estados possam tomar as providências".

Sobre a receptividade dos ministros do STF diante do pleito dos governadores, Cid afirmou: "Cabeça de ministro e urna a gente só sabe o resultado quando o voto é manifestado ou quando a urna é aberta, mas foram todos muito receptivos". Segundo Cid, a reunião de ontem foi inicial. A proposta de reforma tributária ainda será debatida com governadores do Centro-Oeste. Nesta quarta-feira, Cid tem novo encontro com governadores das duas regiões e parlamentares, no Senado Federal, às 10 horas. Após esta reunião, o governador vai levar a Carta de Fortaleza, documento inicial tirado como proposta pelos governadores nordestinos para a reforma tributária.

Acordos

De acordo com a assessoria do governador do Ceará, que encabeça o movimento juntamente com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, no encontro em Fortaleza, em 10 de junho, o principal ponto acordado foi a redução nas alíquotas interestaduais a 0%, ou o ICMS seja recolhido 100% no destino.

Os demais pontos discutidos foram a convalidação dos benefícios fiscais existentes, na forma da legislação de cada Estado, até que aprovada uma reforma tributária ampla ou fatiada; adoção de uma política de desenvolvimento com tributos federais, de forma que empresas instaladas em localidades menos desenvolvidas, notadamente no Nordeste, sejam incentivadas com alíquotas reduzidas do IPI, IR, PIS e COFINS. Além de modificação da tributação das operações interestaduais não presenciais, inclusive as realizadas na modalidade de comércio eletrônico, destinadas ao consumidor final igualando-se ao tratamento dado às operações entre contribuintes do imposto.

Na pauta apresentada para governadores do Norte consta ainda a alteração do indexador da dívida dos Estados. Sobre a possibilidade unifica uma proposta de reforma tributária das duas regiões, o governador acredita que a proximidade dos problemas econômicos e sociais das duas regiões faz com que a proposta seja convergente.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Camareira será indenizada por ter que conviver com situações humilhantes no motel

Os casos de empregados que se sentem humilhados no ambiente de trabalho já fazem parte da rotina da Justiça trabalhista de Minas. Um desses casos foi analisado pela juíza substituta Cyntia Cordeiro Santos, que atuou na 18ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Na ação, a camareira de um motel relatou que era acionada para solucionar problemas nos quartos e suítes, tendo que entrar nas dependências, onde se deparava com pessoas nuas e, às vezes, alcoolizadas, sofrendo todo tipo de humilhação. Além disso, havia a exigência patronal de que as camareiras ficassem despidas na frente da encarregada, que revistava suas bolsas e armários. A camareira se sentiu humilhada ainda com a presença da polícia no local para investigar suposto furto, ocasião em que também revistou os pertences dos empregados.
O motel negou a ocorrência de revista íntima, abusiva e constrangedora. Contestando a alegação de que a empregada, no exercício de suas funções, teria sido obrigada a entrar em apartamentos ocupados por clientes nus e alcoolizados, a empresa sustentou que os pedidos eram colocados em local fora do apartamento, com sistema giratório, o que impedia a visão da pessoa situada do outro lado da parede. Entretanto, a testemunha indicada pela reclamante confirmou que era comum o fato de as camareiras encontrarem clientes nus. Ela declarou, ainda, que a polícia já foi chamada na empresa e revistou as bolsas das empregadas. Acrescentou a testemunha que as revistas realizadas pela empregadora eram abusivas e ocorriam todos os dias.
Na percepção da julgadora, o depoimento da testemunha apresentada pela reclamante é mais digno de crédito, até porque o reclamado não cuidou de apresentar argumentos convincentes em sentido contrário. Reprovando a conduta patronal, a juíza salienta que o simples fato de já ter ocorrido furtos na empresa não autoriza a realização diária de revistas nas bolsas dos empregados, como se todos fossem criminosos, principalmente se for considerado o fato de que outros métodos poderiam ser utilizados para a fiscalização e prevenção dessas ocorrências.
Além disso, acrescenta a magistrada, a conduta de obrigar a camareira a se despir na frente da preposta da empresa ofende a honra e a dignidade da trabalhadora, gerando o dever de indenizar. "A empresa não pode, indiscriminadamente, impor tratamento a seus empregados como se todos fossem desonestos, pois tal fato diminui a sua auto-estima e ofende a dignidade humana", finalizou a juíza sentenciante, condenando o motel ao pagamento de uma indenização por danos morais, fixada em R$3.000,00, entre outras parcelas. A condenação foi mantida pelo TRT mineiro.
Fonte: Portal Jus Brasil

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dragão do Mar acolhe o Ensaio Aberto da Orcec


Tradicional programa de concerto da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho, o Ensaio Aberto deixa o momentaneamente o Theatro José de Alencar e aporta no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A aula-concerto está marcada para começar às 9h desta quarta-feira, 8 de junho, com entrada franca.
O Ensaio Aberto oferece música e informação para alunos das redes pública e privada de ensino do Ceará, bem como para os apreciadores da música em geral. Ao tempo em que executa canções de reconhecida aceitação popular, a Orcec discorre sobre os sons, os instrumentos, a história da música, entre outros importantes dados do universo concertista. A regência é do maestro Paulo Leniuson.
A interação com a plateia é garantida, e as crianças são chamadas ao palco para experimentar todos os instrumentos dispostos no palco, assim como a chance de reger a orquestra. Tudo com a marcante e bem humorada presença do palhaço Betovim, personagem criado pelo artista Orlângelo Leal especialmente para o programa.
A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho é uma ação da Associação Artística de Concertos do Ceará (AACC), com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult). Neste programa, conta ainda com o apoio do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
 Serviço
Ensaio Aberto com a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Dia 8 de junho, às 9h
Entrada franca

Fonte: Assessoria de Imprensa - Orcec

Entrevista - "Ser contra o PLC 122 não é homofobia"

A verdadeira homofobia pode ser enfrentada, mas, se aprovado, o PLC 122, que torna crime qualquer crítica aos homossexuais, “cria uma casta intocável”. Repetindo o que têm dito diversos juristas no país, assim opina Ricardo Marques, psicanalista clínico, biólogo e membro da Igreja Batista Central de Fortaleza.

De autoria da ex-deputada petista Iara Bernardi, o PLC 122 condena à prisão quem praticar “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica” contra homossexuais. Aprovado em 2006 na Câmara, enfrenta resistência no Senado, onde foi arquivado ao fim da legislatura passada. A senadora petista Marta Suplicy, porém, conseguiu desarquivá-lo e trabalha para aprová-lo. 

“Importa mostrar para a sociedade e para as próprias pessoas homossexuais que o posicionamento contrário a projetos como o PLC 122 não representa combate contra os homossexuais, que merecem respeito e consideração. O real problema gira em torno de políticas ideológicas impostas, injustas e persecutórias, que visam a um estado de direito para um grupo em detrimento dos direitos fundamentais de todos os demais cidadãos”, diz Ricardo Marques.


O Estado: Para defender a aprovação do PCL 122 a militância gay tem usado estatísticas de homossexuais assassinados no Brasil como evidência de que o país está mergulhado em crimes de homofobia. Isso tem fundamento? 

Ricardo Marques: Não sou especialista no assunto, mas tenho lido documentos de especialistas revelando que o governo não tem estatísticas oficiais sobre isso; os números usados para promover a ideia de uma “epidemia homofóbica” no país, a fim de justificar leis especiais de proteção aos homossexuais, têm sido produzidos por um grupo homossexual da Bahia. O movimento ativista LGBT, que nem sempre conta com a simpatia de todos os homossexuais, diz que foram assassinados cerca de 3.448 homossexuais nos últimos 20 anos, isso num país onde são registrados cerca de 50.000 homicídios por ano. Primeiro, não sabemos se o número produzido por eles é real, pois a fonte é suspeita; segundo, se estão corretos, não são representativos de um “holocausto homofóbico”, diante da multidão de assassinatos de todos os tipos de pessoas que ocorre aqui diariamente; terceiro, ainda que os números fossem representativos, a militância omite que grande parte desses 3.448 assassinatos de LGBT nos últimos 20 anos é cometida por outros homossexuais, em crimes passionais, ou pelas mesmas causas pelas quais são mortos heterossexuais, como latrocínio, brigas, drogas, etc.; grande parte dos homicídios de travestis dizem respeito a disputas por pontos de prostituição, problemas com drogas e tráfico, entre outros. A própria estatística da militância revela que “gay morre dentro de casa e travesti morre na rua”, demonstrando que a maioria dos assassinatos de gays e lésbicas é crime passional, e dos travestis, relacionados aos fatores de risco da prostituição. Os militantes também informam que muitos dos assassinos são “profissionais do sexo”, indicando que as mortes não são por homofobia, mas pelas condições inerentes aos próprios relacionamentos conflituosos de parcela dos LGBT e ao envolvimento desta com práticas e ambientes de alto risco. São comparativamente poucos os casos de assassinatos por real homofobia, isto é, violência e ódio a homossexuais. Curiosamente, é tudo desconsiderado pela militância, com estranho apoio da Secretaria de Direitos Humanos, ao classificarem qualquer assassinato como crime de homofobia. A quem interessa manipular essas informações?


OE: O Artigo 16º do PLC 122 prevê prisão e multa para quem praticar “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica” contra homossexuais. Que consequências negativas essa lei pode trazer? 

RM: O que significa “ação constrangedora”? Pode ser qualquer coisa. Todos sofremos algum tipo de constrangimento na vida e lidamos com isso com naturalidade, faz parte do viver em sociedade; e para constrangimentos graves já existe legislação em defesa de qualquer cidadão, independente de sua sexualidade. Mas sob o PLC 122 qualquer situação em que um homossexual se sinta constrangido será considerada crime. Um homossexual pode se dizer constrangido se um pastor ou um padre ler partes da Bíblia onde Deus diz que o ato homossexual é pecado; pode alegar constrangimento até se alguém simplesmente olhar para ele de forma que julgue ser “preconceituosa”. Quem dará a interpretação? Mesmo que um juiz tenha discernimento na aplicação da lei, o réu que for acusado levianamente já terá sofrido prejuízos irreversíveis antes de sair a sentença. Observe que o art. 16 começa falando de prisão e multa para quem praticar “ato de violência”, para em seguida pôr no mesmo nível da violência o constrangimento, o vexame e assim por diante. O texto é construído de modo a induzir as pessoas a fixar atenção no combate à violência – todos combatemos a violência – para, assim, se sentirem impelidas a apoiar toda a parte restante do PLC, que é injusta e intolerante.


OE: Além do PLC 122, quais são as ações do governo federal em prol do movimento gay? 

RM: Além do PLC 122 e de leis estaduais e municipais, há o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Se implementado, tornaria o PLC 122 coisa de criança – exige a desconstrução da heteronormatividade, cotas para homossexuais, programa primeiro emprego para LGBT, reforma agrária para LGBT, “bolsa gay”, criação de polícia gay, etc. Há também o Plano Nacional dos Direitos Humanos-3 (PNDH-3), contendo diversos privilégios especiais para pessoas LGBT e igualmente intolerante e persecutório. A situação ficará de um jeito que o assédio sexual de uma mulher por um homem, no trabalho, continuará podendo ser punido; mas se o assediador for um homossexual, corre-se o risco de a coisa inverter-se e a vítima do assédio ser demitida ou o próprio empregador ser punido, entre outras aberrações. Já temos sabido de injustiças decorrentes do medo que as ameaças dos militantes têm causado, a exemplo de conhecidos que estão vendendo seu apartamento porque os novos vizinhos, gays, fazem orgias e farras com janelas abertas e muito barulho, e os inquilinos temem denunciá-los e serem acusados de homofobia. Se os vizinhos farristas e promíscuos fossem heterossexuais, como poderia ocorrer, a denúncia seria considerada normal.


OE: A ação da militância gay busca o poder político? 

RM: Certamente. Não apenas o poder no sentido político-partidário e dos cargos de autoridade, a exemplo do Jean Willys (PSOL-RJ), ex-BBB e eleito deputado por ser um homossexual famoso, justo num país que eles dizem ser o mais homofóbico do mundo; mas um projeto de poder mais complexo, de moldar a sociedade e suas leis de forma a colocar a militância de um grupo específico de pessoas acima dos demais cidadãos, tornando-se uma casta intocável.

Nada a ver com os homossexuais em si, muitos dos quais se sentem bem inseridos e aceitos na sociedade, e se contrapõem à agressiva e intolerante agenda do movimento ativista; eles reclamam que tal agenda tem acirrado desnecessariamente os ânimos, fazendo pessoas crerem erroneamente que todo gay ou lésbica é conivente com a censura, ameaça e perseguição de quem discorda da prática homossexual, mas tolera, respeita e até ama os homossexuais.

OE: O Grupo Gay da Bahia queimou fotos do Papa em frente à Catedral da Sé, no Pelourinho, quando de sua visita ao Brasil em 2007. Será possível criticar um gesto desses com o PLC 122 em vigor? 

RM: O Código Penal diz que atos ofensivos à fé e até a objetos de culto religioso constitui-se em crime. Qualquer pessoa que queimasse a foto do líder máximo do catolicismo romano, a maior religião do Brasil em número de fiéis, poderia ter sido presa. Mas quem fez isso foram militantes homossexuais; aí, nesse caso, os católicos que aguentem. Ofensa só é crime quando é contra LGBT? É isso que heterossexuais e homossexuais deste país estão tentando mostrar: está-se criando um estado de exceção de direito que não deveria existir, e as bases apresentadas para esse estado são falaciosas e manipuladas. Enquanto militantes LGBT queimaram, impunes, a foto do papa em praça pública, gritando palavras de ordem contra a religião católica, em Campina Grande alguns evangélicos colocaram pacificamente outdoors com um versículo do livro de Gênesis: “E Deus fez o homem e a mulher e viu que isso era bom”. Imediatamente militantes LGBT protestaram, entrando com um processo na Justiça acusando os evangélicos de ato homofóbico e incitação ao ódio. Pasmem: a juíza mandou tirar os outdoors. Isso é democracia? É combate à intolerância? Não é. O fato é que a maioria dos homossexuais se tornou massa de manobra de uma ideologia política extremista. Um simples olhar na história e facilmente se vê que essas mesmas estratégias de manipulação foram usadas para legitimar todas as ditaduras: repete-se algumas mentiras até que se tornem verdades, depois legitima-se os interesses de um grupo específico através de leis aceitas e aprovadas pela desinformação e pelo engano, até que se instale um estado de controle social e patrulhamento em que o grupo dominador se posiciona acima dos demais cidadãos, inclusive perseguindo e prendendo quem for considerado inconveniente.


OE: O senhor acha que o PLC 122 será aprovado? 

RM: Não duvido. O lobby é muito forte, a manipulação e a desinformação são assustadoras. O PL estava arquivado e a Marta Suplicy (PT-SP), assim que eleita, conseguiu assinaturas para desarquivá-lo; para piorar, parte dos parlamentares contrários ao projeto está aceitando que ele vá adiante, desde que sejam alterados alguns itens. Nesse ponto, prefiro a linha do senador Magno Malta (PR-ES): o PLC 122 tem de ser sepultado, pois o projeto como um todo é ruim. Importa mostrar para a sociedade e para as próprias pessoas homossexuais que o posicionamento contrário a projetos como o PLC 122 não representa combate contra os homossexuais, que merecem respeito e consideração. O real problema gira em torno de políticas ideológicas impostas, injustas e persecutórias, que visam um estado de direito para um grupo em detrimento dos direitos fundamentais de todos os demais cidadãos. Há juristas declarando não somente a inconstitucionalidade do PLC 122, mas também a injustiça que representa em um estado democrático. São taxativos: esse projeto mata todos os direitos fundamentais da Carta Magna. Rasga a Constituição e a coloca como mero objeto de enfeite.

Fonte: Jornal O Estado

Secretários da Fazenda discutem reforma tributária em Fortaleza


Na reunião, os secretários devem elaborar uma proposta prévia de reforma. Ceará propõe alíquotas conforme o grau de desenvolvimento do estado


Secretários da Fazenda do Nordeste se reúnem em Fortaleza nesta segunda-feira (6) para formular uma proposta prévia de reforma tributária. O documento será discutido no encontro de governadores do Nordeste, na próxima sexta-feira (10) no Palácio da Abolição, também na capital cearense.
O governador do Ceará, Cid Gomes, propôs que a reforma estabeleça alíquotas diferenciadas conforme o grau de desenvolvimento do estado, em vez de reduzir a 2% o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas Operações Interestaduais (quando uma mercadoria é produzida em um estado e vendida em outro). A mudança foi sugerida pelo governador Cid Gomes em 24 de maio, em reunião de governadores nordestinos com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
No encontro ficou acertado que os estados do Nordeste elaborariam uma proposta conjunta de reforma tributária. Atualmente, o governo federal propõe a redução da alíquota interestadual do ICMS para 2% até 2014.
Fonte: Portal G1/CE

sábado, 4 de junho de 2011

BNB vai financiar empresas na ZPE do Pecém

O banco poderá financiar os projetos de alfandegamento, infraestrutura e implantação das Zonas de Processamento de Exportação, com investimento de R$ 380 mil para cada ZPE 


O Banco do Nordeste (BNB), em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comércio (Mdic) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), está participando da formatação de um programa de apoio técnico e financeiro para implantação das Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) do Nordeste, locais onde as empresas podem exportar seus produtos com isenção de impostos e liberdade cambial.

No Ceará, o início das obras de infraestrutura da ZPE do Pecém está previsto para o próximo dia 17 de junho. O processo de implantação deve ser concluído em um prazo de 17 meses. Localizada no município de São Gonçalo do Amarante, a ZPE do Pecém terá perfil para abrigar uma usina siderúrgica, indústria têxtil, de calçados, móveis, processamento de peixes, produtos alimentares e cerâmicos, granito e eletroeletrônicos.

Potencial
O banco poderá financiar os projetos de alfandegamento, infraestrutura e implantação das Zonas de Processamento de Exportação, com investimento de R$ 380 mil para cada ZPE 



Segundo o diretor de Gestão do Desenvolvimento do BNB, José Sydrião de Alencar Júnior, as ZPEs do Nordeste têm potencial para receber investimentos de diferentes portes e em variados setores de atividade. Conforme avalia, somente as dez ZPEs previstas à região têm capacidade de atrair, em média, U$ 400 milhões, cada uma em investimentos e a do Ceará, especificamente, teria potencial de atrair entre US 1 bilhão e US 1,5 bilhão, em cinco anos.

"Nesse sentido, ele informou que, em agosto próximo, o BNB irá promover um seminário para mostrar às empresas nacionais e internacionais as oportunidades e disponibilidades de crédito e condições de financiamento da instituição. O objetivo, explica, é atrair e captar empresas que queiram se instalar nas ZPEs, do Nordeste.

Competitividade

Ele destacou ainda, um conjunto importante de fatores que credenciam as ZPEs nordestinas a se tornarem, em curto prazo, mais competitivas em relação às outras existentes no mundo. Dentre estes fatores, estão a localização privilegiada próxima aos grandes mercados mundiais, o clima favorável, a estabilidade geológica, devido à ausência de vulcões, furacões e terremotos, além dos grandes projetos estruturantes em andamento nas áreas produtivas e de infraestrutura.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

No aniversário de 97 anos, Ceará receberá homenagem na Câmara Municipal

O presidente Evandro Leitão será agraciado com a Medalha de mérito esportivo Ayrton Senna

 A Câmara Municipal de Fortaleza realiza nessa quinta-feira, 2, sessão solene em homenagem ao Ceará Sporting Club. O requerimento, feito pelos vereadores Casimiro Neto (PP) e Iraguassú Teixeira (PDT),  reverencia os 97 anos do clube e a conquista do campeonato cearense 2011. Na ocasião, o Presidente do Ceará Sporting Club, Evandro Leitão, será agraciado com a entrega da Medalha Ayrton Senna. A sessão acontece às 9h30, no Auditório.


O Ceará Sporting Club, fundado em 1914, já conquistou quarenta títulos estaduais durante a sua trajetória. Em 1969, foi campeão da Copa do Nordeste. Em 1994, foi vice-campeão da Copa do Brasil e, em 1997, conquistou o título da Copa Verão do Recife, além de ter sido o único time cearense a participar de uma competição internacional.


Evandro Leitão, atual presidente do Clube, conquistou o reconhecimento da torcida ao conduzir o time do Ceara para a elite do futebol nacional. Na sua gestão, tem realizado modificações que favoreceram o desempenho do time. O Ceará está atualmente representando o Estado no campeonato brasileiro da Série A, e já garantiu vaga na Copa Sul Americana.

Fonte: CMFOR

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