quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Salmito Filho e uma nova configuração da cena política

Salmito e um novo momento

A saída do vereador Salmito Filho do PT, anunciada ontem em pronunciamento na tribuna da Câmara de Fortaleza – instituição que ele presidiu -, tem significado especial na tormenta pré-eleitoral que vem cobrindo a base aliada da prefeita Luizianne Lins. A expressão de Salmito no PT, no qual militava desde o movimento estudantil, era inquestionável. Somava credibilidade e respeito político. Chocou-se, no entanto, com Luizianne, a quem atribui coordenar uma orquestração de estratégias para boicotá-lo. Ou seja, para o PT e o eleitor fica a explicação de que a prefeita de Fortaleza e presidente estadual do partido manobrou para que um quadro importante, de postura marcada pelo equilíbrio, se desfiliasse. E não por discordar de posições da sigla, mas questões pessoais. Outro ponto também é emblemático. Refere-se ao destino de Salmito, o PSB. O vereador ingressará no Partido Socialista praticamente ao mesmo tempo em que Luizianne e seu principal aliado, Sérgio Novais, perdem a força. Uns saem, outros entram.



Cenário de ontem

Enquanto se afastava de Luizianne Lins, Salmito Filho se aproximou gradativamente do governador Cid Gomes (PSB). Na campanha de 2010, quando Cid foi reeleito, Salmito esteve em quase todas as atividades. Subiu em palanques, gastou sola de sapato em caminhadas, distribuiu adesivos em carreatas. Diferentemente de Luizianne.


Cenário de hoje

A migração do ex-presidente da Câmara para o PSB agrega novo elemento às conversas que partidos da base da prefeita e do governador travam de olho na sucessão de 2012. Salmito não está entre os 13 nomes que Luizianne listou como potenciais candidatos à sua sucessão. Mas em 2010 Cid o elogiava publicamente. Entenda quem quiser.
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Vale observar que ontem mesmo o PT se apressou em anunciar para o próximo dia 3 uma reunião na qual discutirá se reivindicará o mandato de Salmito.
Em tese, o mandato é do partido. No entanto, Salmito alegou estar sendo perseguido politicamente pela prefeita Luizianne Lins. E documentação farta sobre isso ele tem. Desde quando foi candidato a presidente da Câmara, passando pelos dois anos de mandato – e de verbas curtíssimas – à impossibilidade de apresentar ideias e propostas, como ele mesmo disse, na fase final de sua vida como petista.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Salmito anuncia saída do PT e ingresso no PSB

Cansado da perseguição que a Prefeita Luizianne Lins (PT) vem fazendo a Salmito Filho, o Vereador anuncia que a partir de hoje está se desfiliando do Partido dos Trabalhadores, e que vai ingressar no PSB.

Perseguição

Depois de quase 20 anos de militância no seu "primeiro e único partido", vivendo e participando do tempo que o PT era oposição; do tempo de derrotas de Lula em 89, 94 e 98; do tempo da maior crise política do Partido dos Trabalhadores, em 2005. Nenhum desses fatos foram suficientes para desestimular Salmito Filho a seguir em frente, levantando a bandeira e defendo o projeto político encabeçado por Lula.

Em 2008, quando Salmito lançou seu nome para a disputa da presidência da Câmara Municipal, Luizianne (PT) indicou o nome de um vereador de outra agremiação partidária, apoiando e pedindo voto para o seu candidato, trabalhando para a bancada petista da Câmara votar contra o companheiro de partido, e assim ocorreu. A dedicação de Luizianne (PT) para "vencer" o seu correligionário não foram suficientes. Salmito eleito presidente.

A partir daí a perseguição pessoal de Luizianne Lins (PT) a Salmito Filho se intensificou. Projetos vetados, propostas políticas para o bem da cidade rejaitadas. 

Pacto por Fortaleza

A frente da presidência da Câmara Municipal, Salmito coordenou o projeto Pacto por Fortaleza, que tinha como principal objetivo discutir a cidade com a sociedade civil organizada e as universidades a fim de construir uma agenda propositiva para a Capital. Mais uma vez a prefeita Luizianne Lins (PT) ignorou totalmente a pesquisa realizada pelo Legislativo.

Por esses e muitos outros fatos motivados pela prefeita Luizianne (PT), Salmito Filho foi sendo tolhido no partido e perdendo espaço para desenvolver um projeto político dentro do Partido dos Trabalhadores. A perseguição da Prefeita Luizianne Lins tendo como mira a destruição da vida política do correligionário, entretanto, parece estar chegando ao fim.

Convite para o PSB

Após receber o convite de vários partidos, que identificaram o momento de perseguição que Salmito vinha sofrendo pela prefeita Luizianne desde 2008, Salmito optou por acolher o convite feito pelo grupo do Governador Cid Gomes, que hoje comanda o PSB. Salmito ressalta a aliança do PSB - de esquerda - com o governo Lula e governo Dilma.



domingo, 4 de setembro de 2011

A dor da perda

Está cada vez mais próximos de nós. Dessa vez um amigo, Danilo Girão Carvalho, 24 anos. Um grande filho, irmão, amigo. Mais um que perdemos para o trânsito.

Particularmente, a minha relação com esse cara foi marcante na minha infância, onde nós aprontávamos muito na Creche Paulo VI. Uma amizade que nasceu antes de sabermos o valor do dinheiro, amizade sincera. Tô muito abalado com a perda desse amigo. A morte passou do meu lado e o levou. Essa foto ao lado é a imagem que vem à minha mente quando lembro do Danilo. 

Que Deus conforte a sua Família pela dor da perda. Que nós, amigos, guardemos o legado deixado pelo Danilo, e que os bons momentos vividos com ele prevaleçam em nossas lembranças.

Vai em paz meu amigo.

domingo, 21 de agosto de 2011

Taíba se prepara para receber a XIII Festa do Escargot

Cantor Oswaldo Montenegro será a principal atração deste ano


De 26 a 28 de agosto, a Praia da Taíba, um dos mais belos cenários do litoral cearense, será palco da tradicional Festa do Escargot e Frutos do Mar, que neste ano chega a sua 13ª edição. Em 2010, cerca de 40 mil pessoas freqüentaram o evento e puderam apreciar delícias gastronômicas preparadas por chefs dos restaurantes e pousadas da região.

Realizada pela Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante, em parceria com o SEBRAE e com apoio do SESC, a Festa proporcionará uma variada programação para moradores, veranistas e turistas, reunindo gastronomia, artesanato, cultura e literatura.

Durante o evento, haverá feirinha de artesanato, onde os turistas poderão aproveitar para conhecer ou levar de lembrança um artigo da região. À noite, a literatura dará às boas-vindas aos freqüentadores da XIII Festa do Escargot e Frutos do Mar. No Baú Literário, espaço de leitura criado pela Secretaria Municipal da Educação, haverá recitação de poesias e apresentações artísticas, como a tradicional Dança de São Gonçalo.

Logo em seguida, a partir das 22 horas, shows musicais farão a diversão dos amantes da gastronomia e da cultura. Neste ano, a principal atração do evento será o cantor Oswaldo Montenegro, que se apresentará no sábado (27). Entre outras atrações estão as bandas Quarto 9, Caribbean Kings e Hits.

Sabor, Cultura e Diversão 

Boa parte do escargot cearense sai do distrito de Siupé, mas é na Taíba que encontra a sua praia. Comida sofisticada e deliciosa, rica em proteínas e de criação simples, o molusco produzido em São Gonçalo do Amarante é outra atração do local.
 
A iguaria é fresca e de ótima qualidade. Enquanto na Europa leva 24 meses para o adequado consumo, aqui bastam quatro. A criação começou em 1994 numa associação que reunia 11 criadores. Hoje já conta com mais de 30 criatórios. O Ceará consome a maior parte da produção, também explorada pela Guiana Francesa.
 
O escargot virou mania e já é o mascote da Taíba. Sua crescente procura e aceitação, levou o município a todo o mês de agosto realizar a Festa do Escargot e Frutos do Mar, que neste ano chega a sua 13ª edição.
 
No período do evento, a ocupação nas pousadas e hotéis da Taíba chega a 100%. E quem visitar a praia durante o Festival, pode conferir, ainda, o melhor do artesanato na região.

Fonte: Prefeitura Municipal de São Gonçalo do Amarante

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dilma pode passar BNB e Basa para Ministério da Integração

PT resiste à mudança que fortaleceria ministério do PSB 

A presidente Dilma Rousseff avalia tirar o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa) da esfera de atuação do Ministério da Fazenda e transferir as duas instituições financeiras para o Ministério da Integração Nacional, no intuito de fortalecer suas ações de desenvolvimento regional e concentrar o financiamento em empreendimentos de pequeno porte. 

A ideia parte do pressuposto de que, sendo os dois bancos abastecidos fundamentalmente com recursos de fundos constitucionais e de desenvolvimento regional, ele deveriam estar na órbita da Integração Nacional, que é o ministério responsável por estabelecer as diretrizes gerais de sua aplicação. Somente neste ano, esses fundos disponibilizaram mais de R$ 20 bilhões em investimentos.

No entanto, o entrave maior para essa realocação é muito mais político do que administrativo. O motivo é que a transferência significaria tirar do PT (Guido Mantega) o controle sobre esses dois bancos. O Basa hoje é presidido por Abidias José de Sousa Júnior, indicado pela ex-governadora do Pará Ana Júlia Carepa (PT). O BNB teve seu novo presidente nomeado há 15 dias. Trata-se de Jurandir Santiago, apadrinhado pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), e pelo deputado federal José Guimarães (PT-CE). Ele substituiu Robert Smith, também indicado por Guimarães e que ficou oito anos e meio no cargo.

"Isso é um erro. Transformaria esses bancos em agências de desenvolvimento e eles são muito mais do que isso. Eles têm que ser fortalecidos enquanto bancos de desenvolvimento regional, mas não podem perder o foco na atuação comercial", disse Guimarães, que também é vice-presidente do PT e vice-líder do governo na Câmara. Ele quer manter os bancos no Ministério da Fazenda, e ressalta não ter conhecimento desse debate sobre a mudança dentro do Palácio do Planalto.

Dilma, porém, já tratou do assunto em pelo menos uma reunião ministerial. Ela avalia que a ideia é boa e pode ser desenvolvida no decorrer de seu mandato. Antes disso, acha que uma boa sinalização nesse sentido é permitir que o ministro da Integração Nacional, Fernando Coelho Bezerra (PSB), desempenhe também o cargo de presidente do Conselho do BNB e do Basa. Atualmente, quem escolhe esses postos é o ministro da Fazenda, Guido Mantega. 

A ideia vem sendo trabalhada também pelo presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, sob a justificativa de que, do mesmo modo com que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio tem o BNDES como banco de fomento, a Integração Nacional também deve atuar juntamente com o banco ligado à sua área. Outro exemplo citado de relação estreita e proveitosa é o do Ministério das Cidades e da Caixa Econômica Federal no que se refere ao desenvolvimento de políticas de saneamento e habitação. A Caixa, porém, por ter muitas outras finalidades, está sob a tutela da Fazenda. 

"Não chegaria a dizer que é uma meta a transferência desses bancos para a Integração. Nós vemos mais como uma tendência e consequência natural de um processo de planejamento mais estruturado por parte do governo", afirma o secretário de fundos e incentivos fiscais do Ministério da Integração Nacional, Jenner Guimarães. 

Funcionário de carreira do BNB desde 1976, foi presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) no primeiro mandato de Eduardo Campos no governo de Pernambuco. Desde janeiro, ocupa a secretaria criada pelo ministro Fernando Bezerra Coelho neste ano para concentrar todos os fundos existentes na Pasta, antes distribuídos em diferentes instâncias internas e, em decorrência disso, com sobreposição de finalidades. 

Com isso, segmentou-se a destinação de cada um deles. Os fundos de desenvolvimento regional da Amazônia (FDA) e do Nordeste (FDNE), que neste ano contam com, respectivamente, R$ 1,18 bilhão e R$ 1,78 bilhão, terão por finalidade financiar grandes projetos estruturadores, de preferência com parceria do BNDES. Já para os fundos constitucionais, do Norte (FNO), com R$ 3,4 bilhões; do Nordeste (FNE), com R$ 10,6 bilhões; e do Centro-Oeste (FCO), com R$ 4,6 bilhões, o foco serão os pequenos empreendimentos e o estímulo aos arranjos produtivos locais. 

É neste ponto específico que o ministério tem tentado convencer a presidente sobre a transferência, uma vez que se enquadra nas metas de desenvolvimento local e atenção à nova classe média empreendedora emergente nos últimos anos no país. "As políticas e os programas de desenvolvimento regional já são trabalhados aqui. Somente a operacionalização é que não é", conclui Jenner Guimarães.

Fonte: Valor Econômico

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Vereadores cobram debate com a população sobre Mensagem que modifica Plano Diretor


Os vereadores que assistiram à apresentação das modificações propostas ao Plano Diretor Participativo de Fortaleza (PDPFOR), objeto de Mensagem que tramita na Câmara, cobraram dos representantes do Executivo a viabilização de espaços de participação popular sobre a proposição. Segundo eles, a discussão com a sociedade civil reflete o que já fora feito à época da aprovação do Plano.
“Não há como negar a participação do povo na discussão do Plano Diretor, mas esse processo de modificações se dá sem essa participação. Esse debate que se dá aqui não supre pelo menos uma ou mais audiências para que possamos nos apropriar da matéria”, declarou João Alfredo. Walter Cavalcante (sem partido) reiterou essa opinião e sugeriu que fosse realizada audiência pública.
Carlos Mesquita (PMDB) ressaltou que a discussão com setores da sociedade só é válida quando feita com pessoas que possuam conhecimento técnico. Eliana Gomes (PCdoB) discordou e deu como exemplo o caso dos moradores do Lagamar, que exigiram a transformação da área em uma Zona Especial de Interesse Social (Zeis). O presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT) informou que a Câmara realizará audiência para debater a Mensagem, solicitada por meio de requerimento já aprovado.
Embora concordando com os vereadores, o procurador geral do Município, Martônio Mont’Alverne, afirmou que não é possível alcançar os níveis máximos de democracia e de governabilidade ao mesmo tempo. Como meio de suprir a participação popular, segundo ele, a discussão sobre as modificações ocorre “por meio dos legítimos representantes do povo”. Respondendo à pergunta de Salmito Filho (PT), Martônio afirmou que a mensagem foi amplamente discutida no Comissão Permanente do Plano Diretor (CPPD).
O procurador esclareceu que a mensagem não é ainda uma regulamentação do Plano Diretor, mas realiza mudanças necessárias em aspectos considerados emergenciais referindo-se à legislação anterior, como a Lei de Uso e Ocupação do Solo.

Fonte: CMFOR

Inácio Arruda pode ser indicado para relatar MP da Copa

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), deve indicar ainda hoje o senador Inácio Arruda (PC do B-CE) para relatar a medida provisória (MP) 527, que trata de regras específicas para as licitações de obras e serviços relacionados à Copa do Mundo de 2014 e às Olimpíadas de 2016. A escolha levou em conta o fato de Arruda ser do mesmo partido do ministro do Esporte, Orlando Silva. A MP deverá ser votada na próxima quarta-feira, informou hoje o líder do governo na Casa, o senador Romero Jucá (PMDB-RR). Ele entende que o tema está "bem encaminhado" e que deverá ser mantido o mesmo texto que foi aprovado na quarta-feira na Câmara Federal.

Fonte: Agência O Estado

terça-feira, 28 de junho de 2011

Ser Médico

Primos: Felipe, Isabel e Márcio
Mais um semestre encerrando, mais médicos se formando, mais profissionais ingressando no mercado de trabalho. 

Ser médico não é fácil. É pra quem não tem coração? É pra quem é frio? Não vejo dessa forma. Ser médico é abrir mão de noites em família, de lazer com os amigos, de dedicação a sua vida pessoal. Ser médico é amar ao próximo acima de todas as coisas. É usar o ofício para transmitir bons sentimentos a quem já nem lembra mais o que é isso. Ser médico é, muitas vezes, conviver com a dor e o sofrimento.

Desejo a esse profissional toda a sorte e lucidez na atuação de sua profissão. Ética acima de tudo. Parabéns às pessoas que optaram por seguir esse caminho!

Parabéns Dra. Isabel Barros. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Café com Saúde discute Políticas Públicas para tratamento do usuário de drogas

O vereador Salmito Filho (PT) reuniu profissionais da área da saúde para debater sobre as políticas públicas voltada para o tratamento do usuário de drogas.

Na manhã do último sábado (18), o vereador Salmito Filho (PT) realizou encontro com profissionais da área da saúde para discutir as políticas públicas para tratamento dos dependentes químicos no município de Fortaleza.

O palestrante Dr. Osmar Diógenes, psicólogo especialista em dependência química e diretor do Instituto Volta Vida, falou do tratamento de dependentes químicos destacando a importância do apoio familiar para a recuperação do usuário de droga.

Osmar destacou ainda a importância de realização de atividades como o Café com Saúde para discutir a prevenção do uso de drogas – “interagir com os profissionais da saúde para discutir o tema das drogas é essencial”, disse Osmar.

Segundo Osmar, a falta de fiscalização nas fronteiras do País é o principal exemplo da falta de iniciativa do Poder Público em investir em Políticas Públicas de combate às drogas. Além da falta de leitos nos hospitais públicos destinados ao tratamento e recuperação do usuário de droga, a falta de profissionais capacitados nas clínicas de apoio e tratamento de dependentes químicos demonstram a precariedade da estrutura no Município. “Não adianta abrir um CAPS AD com profissionais sem experiência na área. Não tem como resistir à abstinência se não houver um acompanhamento de uma equipe especializada” criticou Osmar.

O Presidente do Sindicato dos Médicos e ex-vereador José Maria Pontes lembrou que a dependência química é uma doença e assim deve ser tratada. José Maria destacou o uso do crack e os seus efeitos avassaladores: “a compulsão pelo crack é tão forte que o usuário não consegue esperar para usar a droga”, disse. Traçando um paralelo entre o crack e o álcool, José Maria enfatizou que as estatísticas comprovam que o álcool, de forma direta ou indireta, mata mais que qualquer outra droga, “por incrível que pareça, o álcool mata mais que o crack. Mortes de trânsito, brigas em locais públicos, estão quase sempre relacionado ao consumo de álcool”, encerrou o ex-vereador.

Os participantes questionaram a falta de fiscalização do município por meio de blitzes educativas e repressivas, através da AMC; e sugeriram a limitação de horário de comercialização de bebidas alcoólicas.

O vereador Salmito Filho encerrou a atividade observando a necessidade do Poder Público atuar mais nessa área. Destacou ainda a necessidade de se criar um fórum permanente sobre políticas públicas sobre drogas. Salmito finalizou lembrando que no ano passado a Câmara Municipal de Fortaleza apresentou emenda ao orçamento de 2011 no valor de R$ 2 milhões para casas de apoio aos dependentes químicos.

domingo, 19 de junho de 2011

Câmara Municipal de Fortaleza: Troca de projeto motiva um alerta


O fortalezense deve acompanhar a votação, na Câmara, da matéria que tudo tem a ver com o crescimento desta cidade

A denúncia de fraude na tramitação de um projeto, tratando sobre regulamentação de dispositivos do Plano Diretor de Fortaleza, na Câmara Municipal de Fortaleza, na última semana, infelizmente, deixa o Legislativo da Capital, deveras pequeno, reclamando uma reação de todos quantos têm responsabilidade política e social com o desenvolvimento desta cidade.Como se não bastassem os acontecimentos, considerados deprimentes, aqui registrados na edição do último domingo, encerrados na aprovação do substitutivo de um grupo de vereadores, agredindo todos os dispositivos legais referentes à produção legislativa, posto que alterou uma mensagem da prefeita Luizianne Lins (PT) de concessão de aumento dos professores, competência privativa dela, surge a insinuação da fraude, em outro processo legislativo.

Em 2009, a Câmara Municipal recebeu um projeto encaminhado pela prefeita, com o objetivo de regulamentar dispositivos do Plano Diretor de Fortaleza e o vereador Salmito Filho (PT), na época, presidente daquela Casa, não o fez tramitar, alegando, na oportunidade, ser uma proposta incompatível com os primados da repartição dos poderes, por conferir plena liberdade ao Executivo, sem ser uma Lei-Delegada, para à conveniência do prefeito do momento, e em qualquer tempo, promover determinadas alterações no Plano sem o concurso do legislativo.

Idêntico

Em 2011, quando substituía a prefeita Luizianne, durante um período de férias, o atual presidente da Câmara, Acrísio Sena (PT), encaminhou ao Legislativo um projeto idêntico ao de 2009. Descoberto, o engano ou a insistência de o Executivo querer ficar livre para fazer flexibilizações convenientes na lei maior que cuida de todas as áreas da cidade, houve o recuo com a retirada daquela segunda proposição.

A terceira mensagem, também deste ano, estava diferente. Mas, sem uma explicação plausível, após iniciado o seu trâmite normal, na Comissão Especial, criada para examiná-la, reapareceu, como que em um passo de mágica, a primeira mensagem. Aquela de 2009, pior, já com a sua admissibilidade aprovada pela comissão de Legislação, incompetente para fazê-lo, visto existir um colegiado próprio para tal fim.

O vereador Salmito Filho, escolhido relator da Comissão Especial, não aceitou a manobra. Com o seu protesto e a explicitação do caso, surgiu a balbúrdia que culminou com a troca de agressões verbais entre vereadores. Salmito tem as cópias das três mensagens e meticulosamente comparou-as. O vereador evita comentar o imbróglio, mas, denunciando o fato como o fez, na última quarta-feira, cumprindo o seu dever, expôs um procedimento inadequado, cujas consequências são desastrosas para a imagem já sofrível daquele Legislativo.

Vigilância

A regulamentação do Plano Diretor é tão importante quanto sua feitura. Qualquer lei pode desvirtuá-lo, gerando prejuízos incomensuráveis à cidade vitimada pela falta de planejamento urbano e da desatenção dos seus últimos governantes com as questões de mobilidade e sobretudo de desrespeito aos espaços públicos.

Os episódios relatados ao longo da última semana se conferem mais uma nota negativa ao espaço que deveria ser considerado nobre, no concernente às instituições públicas, deve servir de alerta para todos os segmentos sociais da cidade. E, por isso, necessário se faz uma vigilância maior de todos os fortalezenses quanto à tramitação da matéria na Câmara.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Reforma Tributária: Cid tenta fechar proposta

Governador participou de reunião com os colegas do Norte e Nordeste para discutir a reforma tributária


Na inauguração da nova sede da representação do Estado do Ceará em Brasília, o governador Cid Gomes (PSB) recebeu para um jantar, na noite de ontem, governadores e vice-governadores. A ministra das relações Institucionais, Ideli Salvatti, também participou do encontro com os demais oito gestores de estados do Nordeste, quatro governadores e dois vices do Norte (apenas o Acre não estava representado) e o governador do Mato Grosso, do Centro-Oeste.

No cardápio do encontro, a unificação de uma proposta de reforma tributária que atenda aos interesses dos estados das duas regiões, que são, seguramente, segundo Cid Gomes explicou, as menos desenvolvidas do País. Na agenda de hoje, o grupo tem reunião com a presidente Dilma Rousseff (PT) e com senadores.

Antes do encontro o governador cearense, acompanhado da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedir mais tempo para que os entes federados possam se adaptar ao fim do incentivo fiscal, conforme determinou o próprio STF em fevereiro, ao declarar a inconstitucionalidade da legislação sobre o Fundo de Participação dos Estados (FPE) mais precisamente dispositivos da Lei Complementar 62/89, de forma que não haja redução nas receitas hoje existentes, preservando-se a reserva de 85% historicamente destinada aos Estados menos desenvolvidos.

"Basicamente, nós estamos apelando ao Supremo de que estas decisões recentes, sobre políticas de incentivos fiscais, que existem nos Estados todos, leis de São Paulo, do Paraná, do Rio de Janeiro, Distrito Federal, enfim, em todos os Estados. Coincidentemente nenhuma do Nordeste, elas vão ter uma repercussão imediata social, econômica muito grave", disse Cid.

O governador afirma que a preocupação deveria ser não só dos Estados do Norte e Nordeste, mas que todos os Estados deveriam se mobilizar para se preparar para os "efeitos dramáticos" desta decisão do Supremo. "É preciso que se dê mais tempo para que o Congresso Nacional e o Estados possam tomar as providências".

Sobre a receptividade dos ministros do STF diante do pleito dos governadores, Cid afirmou: "Cabeça de ministro e urna a gente só sabe o resultado quando o voto é manifestado ou quando a urna é aberta, mas foram todos muito receptivos". Segundo Cid, a reunião de ontem foi inicial. A proposta de reforma tributária ainda será debatida com governadores do Centro-Oeste. Nesta quarta-feira, Cid tem novo encontro com governadores das duas regiões e parlamentares, no Senado Federal, às 10 horas. Após esta reunião, o governador vai levar a Carta de Fortaleza, documento inicial tirado como proposta pelos governadores nordestinos para a reforma tributária.

Acordos

De acordo com a assessoria do governador do Ceará, que encabeça o movimento juntamente com o governador de Sergipe, Marcelo Déda, no encontro em Fortaleza, em 10 de junho, o principal ponto acordado foi a redução nas alíquotas interestaduais a 0%, ou o ICMS seja recolhido 100% no destino.

Os demais pontos discutidos foram a convalidação dos benefícios fiscais existentes, na forma da legislação de cada Estado, até que aprovada uma reforma tributária ampla ou fatiada; adoção de uma política de desenvolvimento com tributos federais, de forma que empresas instaladas em localidades menos desenvolvidas, notadamente no Nordeste, sejam incentivadas com alíquotas reduzidas do IPI, IR, PIS e COFINS. Além de modificação da tributação das operações interestaduais não presenciais, inclusive as realizadas na modalidade de comércio eletrônico, destinadas ao consumidor final igualando-se ao tratamento dado às operações entre contribuintes do imposto.

Na pauta apresentada para governadores do Norte consta ainda a alteração do indexador da dívida dos Estados. Sobre a possibilidade unifica uma proposta de reforma tributária das duas regiões, o governador acredita que a proximidade dos problemas econômicos e sociais das duas regiões faz com que a proposta seja convergente.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Camareira será indenizada por ter que conviver com situações humilhantes no motel

Os casos de empregados que se sentem humilhados no ambiente de trabalho já fazem parte da rotina da Justiça trabalhista de Minas. Um desses casos foi analisado pela juíza substituta Cyntia Cordeiro Santos, que atuou na 18ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte. Na ação, a camareira de um motel relatou que era acionada para solucionar problemas nos quartos e suítes, tendo que entrar nas dependências, onde se deparava com pessoas nuas e, às vezes, alcoolizadas, sofrendo todo tipo de humilhação. Além disso, havia a exigência patronal de que as camareiras ficassem despidas na frente da encarregada, que revistava suas bolsas e armários. A camareira se sentiu humilhada ainda com a presença da polícia no local para investigar suposto furto, ocasião em que também revistou os pertences dos empregados.
O motel negou a ocorrência de revista íntima, abusiva e constrangedora. Contestando a alegação de que a empregada, no exercício de suas funções, teria sido obrigada a entrar em apartamentos ocupados por clientes nus e alcoolizados, a empresa sustentou que os pedidos eram colocados em local fora do apartamento, com sistema giratório, o que impedia a visão da pessoa situada do outro lado da parede. Entretanto, a testemunha indicada pela reclamante confirmou que era comum o fato de as camareiras encontrarem clientes nus. Ela declarou, ainda, que a polícia já foi chamada na empresa e revistou as bolsas das empregadas. Acrescentou a testemunha que as revistas realizadas pela empregadora eram abusivas e ocorriam todos os dias.
Na percepção da julgadora, o depoimento da testemunha apresentada pela reclamante é mais digno de crédito, até porque o reclamado não cuidou de apresentar argumentos convincentes em sentido contrário. Reprovando a conduta patronal, a juíza salienta que o simples fato de já ter ocorrido furtos na empresa não autoriza a realização diária de revistas nas bolsas dos empregados, como se todos fossem criminosos, principalmente se for considerado o fato de que outros métodos poderiam ser utilizados para a fiscalização e prevenção dessas ocorrências.
Além disso, acrescenta a magistrada, a conduta de obrigar a camareira a se despir na frente da preposta da empresa ofende a honra e a dignidade da trabalhadora, gerando o dever de indenizar. "A empresa não pode, indiscriminadamente, impor tratamento a seus empregados como se todos fossem desonestos, pois tal fato diminui a sua auto-estima e ofende a dignidade humana", finalizou a juíza sentenciante, condenando o motel ao pagamento de uma indenização por danos morais, fixada em R$3.000,00, entre outras parcelas. A condenação foi mantida pelo TRT mineiro.
Fonte: Portal Jus Brasil

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Dragão do Mar acolhe o Ensaio Aberto da Orcec


Tradicional programa de concerto da Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho, o Ensaio Aberto deixa o momentaneamente o Theatro José de Alencar e aporta no Teatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. A aula-concerto está marcada para começar às 9h desta quarta-feira, 8 de junho, com entrada franca.
O Ensaio Aberto oferece música e informação para alunos das redes pública e privada de ensino do Ceará, bem como para os apreciadores da música em geral. Ao tempo em que executa canções de reconhecida aceitação popular, a Orcec discorre sobre os sons, os instrumentos, a história da música, entre outros importantes dados do universo concertista. A regência é do maestro Paulo Leniuson.
A interação com a plateia é garantida, e as crianças são chamadas ao palco para experimentar todos os instrumentos dispostos no palco, assim como a chance de reger a orquestra. Tudo com a marcante e bem humorada presença do palhaço Betovim, personagem criado pelo artista Orlângelo Leal especialmente para o programa.
A Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho é uma ação da Associação Artística de Concertos do Ceará (AACC), com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult). Neste programa, conta ainda com o apoio do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura.
 Serviço
Ensaio Aberto com a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho
Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura
Dia 8 de junho, às 9h
Entrada franca

Fonte: Assessoria de Imprensa - Orcec

Entrevista - "Ser contra o PLC 122 não é homofobia"

A verdadeira homofobia pode ser enfrentada, mas, se aprovado, o PLC 122, que torna crime qualquer crítica aos homossexuais, “cria uma casta intocável”. Repetindo o que têm dito diversos juristas no país, assim opina Ricardo Marques, psicanalista clínico, biólogo e membro da Igreja Batista Central de Fortaleza.

De autoria da ex-deputada petista Iara Bernardi, o PLC 122 condena à prisão quem praticar “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica” contra homossexuais. Aprovado em 2006 na Câmara, enfrenta resistência no Senado, onde foi arquivado ao fim da legislatura passada. A senadora petista Marta Suplicy, porém, conseguiu desarquivá-lo e trabalha para aprová-lo. 

“Importa mostrar para a sociedade e para as próprias pessoas homossexuais que o posicionamento contrário a projetos como o PLC 122 não representa combate contra os homossexuais, que merecem respeito e consideração. O real problema gira em torno de políticas ideológicas impostas, injustas e persecutórias, que visam a um estado de direito para um grupo em detrimento dos direitos fundamentais de todos os demais cidadãos”, diz Ricardo Marques.


O Estado: Para defender a aprovação do PCL 122 a militância gay tem usado estatísticas de homossexuais assassinados no Brasil como evidência de que o país está mergulhado em crimes de homofobia. Isso tem fundamento? 

Ricardo Marques: Não sou especialista no assunto, mas tenho lido documentos de especialistas revelando que o governo não tem estatísticas oficiais sobre isso; os números usados para promover a ideia de uma “epidemia homofóbica” no país, a fim de justificar leis especiais de proteção aos homossexuais, têm sido produzidos por um grupo homossexual da Bahia. O movimento ativista LGBT, que nem sempre conta com a simpatia de todos os homossexuais, diz que foram assassinados cerca de 3.448 homossexuais nos últimos 20 anos, isso num país onde são registrados cerca de 50.000 homicídios por ano. Primeiro, não sabemos se o número produzido por eles é real, pois a fonte é suspeita; segundo, se estão corretos, não são representativos de um “holocausto homofóbico”, diante da multidão de assassinatos de todos os tipos de pessoas que ocorre aqui diariamente; terceiro, ainda que os números fossem representativos, a militância omite que grande parte desses 3.448 assassinatos de LGBT nos últimos 20 anos é cometida por outros homossexuais, em crimes passionais, ou pelas mesmas causas pelas quais são mortos heterossexuais, como latrocínio, brigas, drogas, etc.; grande parte dos homicídios de travestis dizem respeito a disputas por pontos de prostituição, problemas com drogas e tráfico, entre outros. A própria estatística da militância revela que “gay morre dentro de casa e travesti morre na rua”, demonstrando que a maioria dos assassinatos de gays e lésbicas é crime passional, e dos travestis, relacionados aos fatores de risco da prostituição. Os militantes também informam que muitos dos assassinos são “profissionais do sexo”, indicando que as mortes não são por homofobia, mas pelas condições inerentes aos próprios relacionamentos conflituosos de parcela dos LGBT e ao envolvimento desta com práticas e ambientes de alto risco. São comparativamente poucos os casos de assassinatos por real homofobia, isto é, violência e ódio a homossexuais. Curiosamente, é tudo desconsiderado pela militância, com estranho apoio da Secretaria de Direitos Humanos, ao classificarem qualquer assassinato como crime de homofobia. A quem interessa manipular essas informações?


OE: O Artigo 16º do PLC 122 prevê prisão e multa para quem praticar “qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica” contra homossexuais. Que consequências negativas essa lei pode trazer? 

RM: O que significa “ação constrangedora”? Pode ser qualquer coisa. Todos sofremos algum tipo de constrangimento na vida e lidamos com isso com naturalidade, faz parte do viver em sociedade; e para constrangimentos graves já existe legislação em defesa de qualquer cidadão, independente de sua sexualidade. Mas sob o PLC 122 qualquer situação em que um homossexual se sinta constrangido será considerada crime. Um homossexual pode se dizer constrangido se um pastor ou um padre ler partes da Bíblia onde Deus diz que o ato homossexual é pecado; pode alegar constrangimento até se alguém simplesmente olhar para ele de forma que julgue ser “preconceituosa”. Quem dará a interpretação? Mesmo que um juiz tenha discernimento na aplicação da lei, o réu que for acusado levianamente já terá sofrido prejuízos irreversíveis antes de sair a sentença. Observe que o art. 16 começa falando de prisão e multa para quem praticar “ato de violência”, para em seguida pôr no mesmo nível da violência o constrangimento, o vexame e assim por diante. O texto é construído de modo a induzir as pessoas a fixar atenção no combate à violência – todos combatemos a violência – para, assim, se sentirem impelidas a apoiar toda a parte restante do PLC, que é injusta e intolerante.


OE: Além do PLC 122, quais são as ações do governo federal em prol do movimento gay? 

RM: Além do PLC 122 e de leis estaduais e municipais, há o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT. Se implementado, tornaria o PLC 122 coisa de criança – exige a desconstrução da heteronormatividade, cotas para homossexuais, programa primeiro emprego para LGBT, reforma agrária para LGBT, “bolsa gay”, criação de polícia gay, etc. Há também o Plano Nacional dos Direitos Humanos-3 (PNDH-3), contendo diversos privilégios especiais para pessoas LGBT e igualmente intolerante e persecutório. A situação ficará de um jeito que o assédio sexual de uma mulher por um homem, no trabalho, continuará podendo ser punido; mas se o assediador for um homossexual, corre-se o risco de a coisa inverter-se e a vítima do assédio ser demitida ou o próprio empregador ser punido, entre outras aberrações. Já temos sabido de injustiças decorrentes do medo que as ameaças dos militantes têm causado, a exemplo de conhecidos que estão vendendo seu apartamento porque os novos vizinhos, gays, fazem orgias e farras com janelas abertas e muito barulho, e os inquilinos temem denunciá-los e serem acusados de homofobia. Se os vizinhos farristas e promíscuos fossem heterossexuais, como poderia ocorrer, a denúncia seria considerada normal.


OE: A ação da militância gay busca o poder político? 

RM: Certamente. Não apenas o poder no sentido político-partidário e dos cargos de autoridade, a exemplo do Jean Willys (PSOL-RJ), ex-BBB e eleito deputado por ser um homossexual famoso, justo num país que eles dizem ser o mais homofóbico do mundo; mas um projeto de poder mais complexo, de moldar a sociedade e suas leis de forma a colocar a militância de um grupo específico de pessoas acima dos demais cidadãos, tornando-se uma casta intocável.

Nada a ver com os homossexuais em si, muitos dos quais se sentem bem inseridos e aceitos na sociedade, e se contrapõem à agressiva e intolerante agenda do movimento ativista; eles reclamam que tal agenda tem acirrado desnecessariamente os ânimos, fazendo pessoas crerem erroneamente que todo gay ou lésbica é conivente com a censura, ameaça e perseguição de quem discorda da prática homossexual, mas tolera, respeita e até ama os homossexuais.

OE: O Grupo Gay da Bahia queimou fotos do Papa em frente à Catedral da Sé, no Pelourinho, quando de sua visita ao Brasil em 2007. Será possível criticar um gesto desses com o PLC 122 em vigor? 

RM: O Código Penal diz que atos ofensivos à fé e até a objetos de culto religioso constitui-se em crime. Qualquer pessoa que queimasse a foto do líder máximo do catolicismo romano, a maior religião do Brasil em número de fiéis, poderia ter sido presa. Mas quem fez isso foram militantes homossexuais; aí, nesse caso, os católicos que aguentem. Ofensa só é crime quando é contra LGBT? É isso que heterossexuais e homossexuais deste país estão tentando mostrar: está-se criando um estado de exceção de direito que não deveria existir, e as bases apresentadas para esse estado são falaciosas e manipuladas. Enquanto militantes LGBT queimaram, impunes, a foto do papa em praça pública, gritando palavras de ordem contra a religião católica, em Campina Grande alguns evangélicos colocaram pacificamente outdoors com um versículo do livro de Gênesis: “E Deus fez o homem e a mulher e viu que isso era bom”. Imediatamente militantes LGBT protestaram, entrando com um processo na Justiça acusando os evangélicos de ato homofóbico e incitação ao ódio. Pasmem: a juíza mandou tirar os outdoors. Isso é democracia? É combate à intolerância? Não é. O fato é que a maioria dos homossexuais se tornou massa de manobra de uma ideologia política extremista. Um simples olhar na história e facilmente se vê que essas mesmas estratégias de manipulação foram usadas para legitimar todas as ditaduras: repete-se algumas mentiras até que se tornem verdades, depois legitima-se os interesses de um grupo específico através de leis aceitas e aprovadas pela desinformação e pelo engano, até que se instale um estado de controle social e patrulhamento em que o grupo dominador se posiciona acima dos demais cidadãos, inclusive perseguindo e prendendo quem for considerado inconveniente.


OE: O senhor acha que o PLC 122 será aprovado? 

RM: Não duvido. O lobby é muito forte, a manipulação e a desinformação são assustadoras. O PL estava arquivado e a Marta Suplicy (PT-SP), assim que eleita, conseguiu assinaturas para desarquivá-lo; para piorar, parte dos parlamentares contrários ao projeto está aceitando que ele vá adiante, desde que sejam alterados alguns itens. Nesse ponto, prefiro a linha do senador Magno Malta (PR-ES): o PLC 122 tem de ser sepultado, pois o projeto como um todo é ruim. Importa mostrar para a sociedade e para as próprias pessoas homossexuais que o posicionamento contrário a projetos como o PLC 122 não representa combate contra os homossexuais, que merecem respeito e consideração. O real problema gira em torno de políticas ideológicas impostas, injustas e persecutórias, que visam um estado de direito para um grupo em detrimento dos direitos fundamentais de todos os demais cidadãos. Há juristas declarando não somente a inconstitucionalidade do PLC 122, mas também a injustiça que representa em um estado democrático. São taxativos: esse projeto mata todos os direitos fundamentais da Carta Magna. Rasga a Constituição e a coloca como mero objeto de enfeite.

Fonte: Jornal O Estado

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